domingo, 2 de abril de 2017

FISIOTERAPIA É O TRATAMENTO RECOMENDADO PARA HÉRNIAS DE DISCO, CIRURGIA É ÚLTIMA OPÇÃO.

FISIOTERAPIA É O TRATAMENTO RECOMENDADO PARA    HÉRNIAS DE DISCO, CIRURGIA É ÚLTIMA OPÇÃO.

            A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1).
Na maioria dos casos, os sintomas melhoram naturalmente com três meses, mas podem ser auxiliados com tratamentos clínicos e fisioterapêuticos. Mesmo o paciente se sentindo bem sem tratamento, é importante que ele faça um programa de tratamento voltado para a funcionalidade normal da coluna e para o seu fortalecimento. As pesquisas são categóricas: após os primeiros sintomas de dores nas costas, os músculos que protegem a coluna vertebral começam a ficar fracos e atrofiados.

COMPOSIÇÃO DO DISCO


O disco é composto de duas partes principais: uma delas é a parte central, chamada núcleo pulposo ou líquido viscoso. O núcleo funciona como um amortecedor para proteger das pressões e torções exercidas por nós no dia a dia. A segunda parte é composta de um tecido cartilaginoso chamado anel fibroso. Esse anel mantém o núcleo na parte central e tem características elásticas que permitem e facilitam os movimentos de flexão, extensão e rotação do tronco. 
Existe uma estrutura muito importante chamada placa terminal que faz parte desse complexo, mas essa estrutura pertence à vértebra e fica localizada na região superior e inferior de cada vértebra. Assim, a integridade dessas estruturas é que conserva e nutre o núcleo pulposo. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos do núcleo poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal poderá causar dores na coluna vertebral.
A saída do núcleo pulposo ou o abaulamento do disco poderão provocar uma pressão nas raízes nervosas correspondentes à hérnia de disco ou à protrusão. Essa pressão na raiz nervosa poderá causar os mais diversos sintomas 
DADOS
95% das pessoas que sofrem com a hérnia de disco não precisam realizar cirurgia na coluna vertebral, podendo tratar com método não invasivo.
13% das consultas médicas envolvem dores na coluna.
15% da população mundial sofre com a hérnia de disco.
70% da população brasileira com mais de 40 anos sofre de algum tipo de problema na coluna.
Essa doença é a 3ª causa de aposentadoria precoce, as dores nas costas são também o 2° principal motivo das pessoas que tiram licença no trabalho.
Mais de 6 milhões de brasileiros sofrem com a doença e é a 2ª maior causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.
Pessoas com faixa etária de 25-45 anos apresentam o maior índice de casos de hérnia de disco.
CAUSAS
A palavra “coluna” já diz tudo sobre a importância desta estrutura no nosso corpo. Ela é o centro de equilíbrio do sistema musculoesquelético do ser humano e fornece a base para a estabilização do nosso corpo, permitindo uma distribuição perfeita das forças e dos gestos exercidos no nosso dia a dia ou nas práticas esportivas. Não é à toa que muitas lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e ao desalinhamento desta estrutura. Ou seja, a má postura é, sem dúvida, a grande vilã das mazelas existentes na coluna.
Existe uma postura correta para qualquer movimento que realizemos, inclusive, quando estamos em posição estática. Com a correria do dia a dia, nem sempre é possível obedecer a todas as regras, mas ainda assim podemos adotar o máximo de cuidado para não sobrecarregar os nossos músculos e articulações.
            MÁ POSTURA É A PRINCIPAL CAUSA!!!
TIPOS DE HÉRNIA DE DISCO
> Protrusas: O disco se alarga, mas contém o líquido gelatinoso no seu centro. A base do disco se avoluma e fica mais larga que o diâmetro de origem. As paredes do disco poderão tocar em regiões e áreas de grande sensibilidade nervosa, gerando dores e incapacidades.
> Extrusas: A hérnia de disco lombar extrusa é uma condição ortopédica muito frequente e importante que afeta os discos intervertebrais da coluna que funcionam como verdadeiros amortecedores. A patologia se dá quando há o rompimento desse anel fibroso e o conteúdo gelatinoso interno ou núcleo pulposo sai por meio de uma fissura na membrana, havendo perda de contato dos fragmentos extravasados com o seu meio interno.
> Sequestradas: A hérnia de disco sequestrada é aquela que rompe a parede do disco e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para baixo. Além da pressão na raiz nervosa, provoca inflamação e compressão contínua. É o tipo de hérnia que provoca a chamada dor química, pois esse núcleo pulposo, quando fora do seu ambiente natural, tem propriedades químicas ácidas e provoca dores insuportáveis. O paciente se apresenta com postura antálgica, inclinando o tronco para o lado que lhe dê conforto. Neste caso, a melhora só será possível com medicamentos, repouso ou até mesmo cirurgia.
Manter a postura correta não é importante, apenas, para a boa aparência, alterações posturais desde a infância, por exemplo, já predispõem problemas na vida adulta. Daí a necessidade de prevenir hábitos incorretos de postura. 

COMO CORRIGIR A POSTURA

O importante é jamais forçar demais, apenas, uma parte do corpo, os ossos têm que suportar pesos iguais. Quando você senta, por exemplo, nunca deve apoiar o peso somente em uma perna, deixando a outra solta. É fundamental o aprendizado do não desperdício de energia durante a execução de movimentos ou em posição estática, distribuindo o peso do corpo de forma equilibrada. Algumas dicas para evitar problemas posturais:

– ATIVIDADES DOMÉSTICAS

Na realização de atividades domésticas, evite trabalhar com o tronco totalmente inclinado se estiver em pé; no ato de passar roupa, a mesa deve ter uma altura suficiente para que a pessoa não se incline, outra dica é utilizar um apoio para os pés alternando-os sempre que houver algum incômodo. Para calçar os sapatos não incline o corpo até o chão, sente-se e traga o pé até o joelho. Ao se elevar um peso acima da altura da cabeça, deve-se apoiar o peso no corpo e subir em uma escada ou banquinho para depositá-lo adequadamente. Ao erguer um peso deve-se abaixar flexionando os joelhos até em baixo sem curvar a coluna, levantar-se transferindo a carga para os músculos das pernas que são mais fortes do que os da coluna, caso seja possível coloque o objeto em um carrinho e empurre.

– AO DORMIR

Na hora de dormir também são necessários cuidados como escolher um bom colchão semi-rígido ou de espuma para distribuir bem o peso do corpo, um bom travesseiro e adotar algumas posturas corretas na cama. Se você costuma dormir de barriga para cima utilize um travesseiro em baixo dos joelhos; ao dormir de lado, um travesseiro entre as pernas que devem estar dobradas. Dormir de bruços não é recomendado, mas se você não consegue de outro jeito utilize um travesseiro embaixo da barriga e não da cabeça, diminuindo a curvatura lombar.

– AO SENTAR

Sentar corretamente também é muito importante para uma boa postura. Procure manter os pés apoiados no chão; coxas tocando suavemente a maior área possível do assento; evite cruzar as pernas e deixe-as ligeiramente afastadas; a coluna deve ser mantida ereta, de forma a preservar suas curvas naturais (encoste as costas completamente no sofá ou na cadeira, evitando esparramar-se). Manter a coluna ereta é sempre melhor do que deixá-la inclinada em qualquer situação.
Adotar uma postura correta para sentar evita dor nas costas e sérias lesões na coluna vertebral. Quando se senta da maneira apropriada há uma distribuição uniforme das pressões sobre os discos intervertebrais e os ligamentos e os músculos trabalham em harmonia, evitando desgastes desnecessários.

– AO TRABALHAR

No trabalho também é importante adotar posturas menos prejudiciais. Se você trabalha sentado, os seus braços devem ficar pendidos ao longo do corpo ou os antebraços apoiados na mesa de trabalho. Evite torções de corpo inteiro, levante-se ou use uma cadeira apropriada que gire com facilidade para pegar algo, falar com alguém ou jogar papel no lixo. Caso trabalhe com computador, procure regular a tela de modo que a borda superior fique na altura do olhar para o horizonte, mantenha o queixo paralelo ao chão. Para ler, evite ao máximo ter que baixar a cabeça, se for preciso adquira um suporte de livros.

OUTROS FATORES QUE, ALÉM DA MÁ POSTURA, PODEM SER PREJUDICIAIS:

1 – Fatores hereditários;
2 – Traumas diretos ou de repetição;
3 – Fumo;
4 – Idade avançada (também é motivo de lesões degenerativas);
5 – Sedentarismo (é um fator determinante para dores nas costas);
6 – Ação de inclinar e girar o tronco frequentemente;
7 – Posição de ficar em pé ou sentado por muito tempo, principalmente no trabalho;
8 – Ação de levantar, empurrar e puxar objetos;
9 – Movimentos repetitivos em casa ou no trabalho;
10 – Prática esportiva;
11 – Trabalho que provoca vibrações no corpo;
12 – Trabalhar dirigindo;
13 – Fletir o tronco com frequência para apanhar objetos;
14 – Fatores psicológicos e psicossociais.

SINTOMAS DA HÉRNIA DE DISCO

Os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão do disco. Essas dores podem ser irradiadas para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical, as dores ou as alterações de sensibilidade se irradiam para as regiões superiores dos ombros, para os braços, as mãos e os dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés.
O paciente pode também sentir formigamento, dormência, ardência e dores na parte interna da coxa. As pessoas relatam que é uma “dor chata” e que não existe posição que melhore. Alguns relatam que pioram quando vão dormir. Isso acontece porque nesse momento o corpo fica relaxado e os discos se reidratam, aumentando o seu volume, e consequentemente comprimem as raízes nervosas. Nos casos mais graves, a compressão poderá causar perda de força nas pernas e até mesmo incontinência urinária.

PRINCIPAIS SINTOMAS:

1 – Dor nas costas há mais de três meses;
2 – Coluna torta quando entra em crise;
3 – Dor noturna que piora durante o sono e que permanece ao acordar;
4 – Dor que piora ao ficar em pé com a perna estendida;
5 – Bastante dificuldade para ficar sentado por mais de 10 minutos;
6 – Redução de força em uma das pernas ou nas duas;
7 – Impossibilidade de ficar de ponta de fé com uma das pernas;
8 – Dor, formigamento ou dormência nos membros;
9 – Dificuldades extremas para segurar a urina;
10 – Redução do rendimento e desânimo para a realização de atividades rotineiras;
11 – Dores de cabeça associadas a dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros;
12 – Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.
Qualquer um desses sintomas representa um sério problema para sua coluna vertebral. Não tome remédios por conta própria nem espere que sua dor melhore sozinha. Nenhum tipo de dor na coluna deve ser ignorado, principalmente, quando o paciente detecta a presença de um ou mais dos sintomas listados acima.
Ao identificar incômodos similares, deve-se procurar por ajuda médica imediatamente. Mascarar a dor com o uso de medicamentos (por conta própria) ou “receitas caseiras” é colocar a saúde em risco. O ideal é investigar a causa das dores e demais sintomas com a ajuda de um especialista para que a raiz do problema (e não somente os efeitos que ele manifesta) seja tratada de forma adequada e efetiva.

DIAGNÓSTICO E EXAME

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando-se em conta o histórico do paciente, as características dos sintomas e o resultado do exame físico realizado durante a avaliação. As regiões mais comuns de serem acometidas com hérnia de disco são a coluna lombar e a coluna cervical.
Quando as pessoas procuram por um profissional com queixas de dores no pescoço, exploramos inicialmente a possibilidade de existir alguma assimetria facial, observamos o tipo de mordida e analisamos se o comportamento do paciente tem características de ansiedade ou estresse. Esses fatores contribuem para o aparecimento de dores na coluna cervical e até mesmo da hérnia de disco. Exames como raio X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e a localizar em que exata região da coluna está a lesão, mas eles não são decisivos para a tomada de conduta.
O exame mais importante e decisivo é o que realizamos com o paciente: ouvir o que ele tem para nos falar sobre a dor, procurar saber o que ele faz no dia a dia em casa e no trabalho e entender as reações do corpo. Todos esses detalhes poderão dar uma grande contribuição para melhora do paciente, e cabe ao profissional ficar atento. A falta de atenção com o paciente é um dos fatores de negligência das condutas dos profissionais de saúde. O cuidado e a atenção com os nossos pacientes são imperativos.
As dores lombares também têm suas peculiaridades, mas, assim como ocorre com as dores cervicais, procuramos primeiro escutar o paciente e, depois, fazer o exame clínico. Fazer uma boa avaliação física do quadril é de fundamental importância, pois é muito comum as pessoas que têm limitações ou lesões nessa região também terem dor na coluna vertebral. Essa relação entre o quadril e a coluna vertebral já foi motivo de muitas pesquisas científicas. Hoje podemos afirmar categoricamente que existe uma forte ligação entre as duas estruturas e que é muito comum encontrarmos em nossos pacientes dores ou restrições em ambas as estruturas.
O mais importante é que hoje nós temos excelentes alternativas de tratamento sem cirurgia. A população deve ter consciência desses novos conceitos de tratamento e não aceitar a primeira proposta de condutas invasivas. Os governos federal, estaduais e municipais e os planos de saúde não aguentam mais pagar tanta conta de cirurgia de coluna e – o mais importante – muitos desses procedimentos não estão trazendo os resultados desejados para os pacientes. Existem médicos que estão exigindo que o paciente assine um longo contrato antes dos procedimentos. Tudo isso para o médico se precaver das futuras reclamações ou processos judiciais. Parece até a confirmação do insucesso que vai existir com o procedimento. É importante que todos pesquisem e tenham mais cautela e paciência no momento de escolher o médico.

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO EXATO:

Pessoas com suspeita de hérnia de disco são diagnosticadas em, apenas, 1% a 5% dos casos com a patologia. A maior parte não tem hérnia discal, mas sim outros problemas, como o famoso bico de papagaio, ou seja, a falência estrutural ou funcional dos discos intervertebrais.
Muitas vezes, o sintoma que o paciente acredita ser de determinada doença é, na verdade, decorrente de outro problema que pode ser de resolução mais simples – e também mais grave. Daí a necessidade de um diagnóstico exato e precoce. Nenhum paciente deve ser submetido a qualquer tratamento antes do primeiro passo (insubstituível): a avaliação. Um especialista deve realizar todos os procedimentos para identificar o problema a ser tratado, as necessidades específicas para o quadro daquele paciente e as limitações apresentadas pelo mesmo. Uma vez realizado esse passo inicial, o atendimento poderá ser direcionado ao paciente com uma maior garantia de resultados seguros através do tratamento.

COMO PREVENIR UMA HÉRNIA DE DISCO

Mudanças no estilo de vida são indispensáveis para evitar o surgimento da hérnia de disco. Dentre as orientações, podemos destacar:
– Evitar o fumo;
– Praticar atividades físicas sob orientação profissional para, sobretudo, fortalecer a musculatura de sustentação da coluna, tornando-a mais resistente aos possíveis impactos;
– Adotar uma dieta saudável para controlar o peso corporal e prevenir que a coluna sofra com as sobrecargas;
– Não carregar excesso de peso no dia-a-dia ou no trabalho;
– Praticar exercícios de alongamento;
– Manter uma postura adequada em todas as situações.

HÉRNIA DE DISCO COMO CAUSA DE APOSENTADORIA

A hérnia de disco é uma causa de radiculopatia, traduzida como qualquer doença que afete a raiz dos nervos espinhais. Ela tem alta incidência entre pessoas adultas jovens, o que não significa dizer que crianças e idosos estejam livres dessa afecção na coluna. Segundo dados do IBGE, a patologia atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros, podendo ou não apresentar sintomas e ocorrendo com maior frequência na região inferior das costas (lombar).
Para fins previdenciários, a impossibilidade de desempenho de atividades em decorrência de alterações patológicas ocasionadas por doenças ou acidentes é considerada como incapacidade laborativa. Desse modo, qualquer enfermidade pode ser geradora de incapacidade parcial ou total.
Nesses casos de diagnóstico já comprovado da hérnia de disco, a continuação do trabalho pode acarretar o agravamento da doença bem como o risco de vida pessoal ou de terceiros em virtude das limitações funcionais e laborais que a patologia gera, principalmente, em decorrência da irritação do nervo que pode interromper os sinais do cérebro, causando fraqueza muscular.
No Brasil, uma das causas mais comuns para as dores nas costas é o desenvolvimento da hérnia de disco. Os transtornos da coluna vertebral são responsáveis pela maior parte dos afastamentos no trabalho e auxílio-doença e grande parcela dos casos de aposentadoria precoce por invalidez. O comportamento sedentário da maioria da população tem contribuído bastante para o agravamento dessa patologia, além de outros hábitos inadequados do dia a dia, como a má postura.

SEDENTARISMO

– Prefira subir e descer escadas ao invés de usar o elevador ou a escada rolante;
– Deixe o carro na garagem para percorrer pequenas distâncias, como, por exemplo, aquela ida à padaria;
– No trabalho, tente levantar a cada meia hora e caminhar um pouco pelo ambiente – isto ajuda a evitar as dores;
– Quem pega ônibus para voltar para casa pode descer uma parada antes e fazer o restante do trajeto a pé;
– Pequenas tarefas domésticas, como fazer faxina, levar o cachorro para passear e arrumar a cama colaboram para colocar o corpo em movimento e evitar problemas futuros;
– É importante praticar uma atividade física, pois o sedentarismo pode acarretar dores nas costas, em virtude do enfraquecimento muscular.

GESTAÇÃO E HÉRNIA DE DISCO

Durante a gestação, a barriga da mulher pode crescer até cerca de 40cm. Esse crescimento leva a alterações na morfologia da coluna, ocorrendo, principalmente, aumento da curvatura da região lombar. Estima-se que cerca de 80% das gestantes apresentarão algum tipo de dor nas costas.
A causa da dor nas costas está na alteração da postura das mulheres, que, devido ao peso da barriga, deslocam o centro de gravidade para a frente. Essa projeção da barriga gera uma hiperlordose lombar, ou seja, um aumento na curvatura da coluna lombar. Além do desconforto, a gestante tem dificuldade para realizar diversas atividades, como levantar e sentar, permanecer por muitas horas em uma mesma posição e até dormir.
Com o passar das semanas, o centro de gravidade do corpo se desloca cada vez mais para frente. Da vigésima à vigésima oitava semanas de gestação é o período mais acometido, porém pode iniciar-se já a partir da oitava semana.
Durante a gestação, ocorre uma intensa transformação no corpo da mulher, para que esta se prepare para o momento do parto. Hormônios como a relaxina e o estrógeno, provocam uma maior frouxidão nos ligamentos da coluna e da bacia. Alterações na postura durante a gestação, através das compensações, auxiliam na manutenção da posição ereta e olhar horizontal, enquanto o crescimento do feto e o aumento do útero provocam um aumento do peso da mulher e afetam o equilíbrio do corpo. O aumento do peso é concentrado inicialmente na barriga e os músculos abdominais vão diminuindo o seu tônus pelo crescimento do útero. A lordose lombar aumenta para compensar esse peso e sobrecarrega a porção inferior da coluna. O resultado disso tudo são intensas dores na região da coluna.
Vale ressaltar que as mulheres que já apresentavam alguma história de dor nas costas antes de engravidar têm chance aumentada de sofrer com a coluna.

CUIDADOS IMPORTANTES PARA GESTANTES

As mulheres devem se atentar à sua saúde. Gestantes podem praticar exercícios físicos na gravidez, pois são uma ótima maneira de prevenir as dores nas costas, tendo em vista que estes são fundamentais para manter o peso sob controle e, além disso, fortalecem a musculatura abdominal. Mas procure praticar regularmente exercícios físicos de preferência com orientação profissional. Lembre-se de conversar com o seu obstetra para certificar-se de que a atividade física é liberada no seu caso.
Outro cuidado importante é manter uma alimentação regulada, engordando apenas o recomendado (de 9 a 12 kg, variando de acordo com o IMC da mulher ao engravidar), afinal, quanto mais pesada a gestante estiver, maior será a sobrecarga na coluna.
Controlar os hábitos posturais diariamente, principalmente no trabalho, e dormir bem também são práticas essenciais para o bem estar da futura mamãe.
Cuidados com a postura
A gestante deve ter alguns cuidados redobrados quando o assunto é postura. Atenção para manter a postura ereta! Ao sentar, deixe toda a coluna apoiada no encosto, deixando um ângulo de 90 graus entre o corpo e as pernas; os ombros devem sempre permanecer alinhados e relaxados, caso contrário, a grávida pode sentir dores também no pescoço.
Evitar a permanência por longos períodos na mesma posição, ainda que com a postura correta. Esse é outro fator que pode desencadear o problema. Quem trabalha muitas horas na frente do computador, deve fazer algumas pausas rápidas ao longo do dia, nem que seja apenas o tempo necessário para tomar um copo de água ou ir ao banheiro.
Lembrando que, mesmo após o parto, as dores podem continuar, devido ao esforço dedicado no cuidado com o bebê. Por isso, cuidado com a manutenção da postura ereta e evite esforços, abaixando sempre dobrando os joelhos e contraindo o abdômen. Apoie os braços ao amamentar e permaneça sentada com a coluna ereta.
– Para relaxar
Já que não se pode controlar o aumento da barriga, siga essas orientações e, quanto possível, realize alongamentos como esse: deitada de costas, flexione as duas pernas juntas, em direção ao tronco. Mantenha-se na posição por 30 segundos e descanse por um minuto. Em seguida, repita o movimento mais duas vezes. Esse alongamento pode ser feito de manhã, antes de sair de casa, após a prática de atividades físicas ou quando sentir incômodo na região lombar. Mas, para se levantar, é preciso se virar de lado e apoiar o peso nos braços.
Fazer uma automassagem com bolinhas de tênis ou similares também ajuda a reduzir a tensão dos músculos da região.

PREVENÇÃO JÁ NA INFÂNCIA

Segundo estudos, antes dos 15 anos, cerca de 60% dos meninos e 70% das meninas já foram acometidos por dores nas costas. O problema não é mais exclusivo de adultos, crianças de diferentes idades já apresentam queixas cada vez mais intensas de dores na coluna. Para evitar que essas dores incomodem o grupo infantil, o ideal é prevenir o quanto antes. Se os devidos cuidados forem tomados desde cedo, educando as crianças para que tenham hábitos adequados, os riscos de dores nas costas podem ser, consideravelmente, reduzidos.
Na infância, as dores nas costas podem ser provocadas por uma má posição na cadeira do colégio ou mesmo em casa, na hora de comer e estudar. Outros fatores, além da má postura, que também contribuem para o surgimento das dores: quantidade excessiva de livros na mochila, falta de exercícios físicos que fortaleçam as costas e o corpo como um todo e os hábitos sedentários, como ver muita televisão e estar muito tempo deitado. Lesões provenientes de alguma queda ou pancada também podem incomodar as costas, assim como a obesidade infantil. Sabe-se que a maior parte das dores é de origem muscular.
A prática de exercícios físicos na infância é a medida mais importante para prevenir dores na coluna e que podem a se tornar crônicas no futuro, inclusive com o acometimento de doenças como a hérnia de disco. Tudo, entretanto, com moderação, pois se a criança praticar muitas atividades físicas também poderá sofrer com os sintomas de dores.
Uma dica é praticar esportes em família e, assim, formar adolescentes e adultos já acostumados com os exercícios. Essas atividades físicas ajudam a desenvolver a musculatura potente e resistente e contribuem para a formação adequada da coluna vertebral. Mas, lembre-se: os exercícios devem ser supervisionados por profissionais de fisioterapia ou de educação física. Também é importante observar a postura da criança para que os vícios posturais não acabem gerando desvios, prejudicando severamente a coluna.

OS MALEFÍCIOS DA OBESIDADE

A obesidade ocorre quando a ingestão de alimentos é maior que o gasto energético do organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Estudos têm demonstrado a relação dessa doença com o predomínio de dor nas costas. Alertando para o fato do excesso de peso ser prejudicial à saúde da coluna vertebral.
Quando o indivíduo está acima do peso, acaba oferecendo uma carga maior sobre a coluna e, consequentemente, os discos são afetados, aumentando os riscos de doenças como a hérnia de disco. Isso é o que muitos estudos comprovam, que o maior risco de dores na coluna e de doenças na região é apontado em grupos de pessoas com sobrepeso, obesos e obesos mórbidos.
Além disso, outros hábitos também podem influenciar na dor. O fumo demonstrou ser um grande preditor de dor lombar, além do sedentarismo, principalmente nos indivíduos com IMC mais elevados. Isso quer dizer que, hábitos não saudáveis, como o fumo, e não praticar atividades físicas têm um maior peso na saúde da coluna dos indivíduos com sobrepeso ou obesos.
Porém, apesar dos fatores desanimadores, grandes ganhos podem ser adquiridos através da prática de atividades físicas, ou pequenas mudanças nas atividades rotineiras. Quando um indivíduo deixa de ser sedentário, praticando exercícios físicos, mesmo que simples atividades domésticas, pode reduzir o risco de dor nas costas em 17%.
Para aqueles que já possuem excesso de peso, aumentar a quantidade de tempo de uma atividade física moderada (como por exemplo, caminhada, hidroginástica, andar de bicicleta e dança) por mais de 20 minutos por dia, pode reduzir o risco de dor lombar em 32%.
Dar um pouquinho mais de si pode fazer a diferença! Ir um pouco além nos exercícios, principalmente aeróbicos, traz inúmeros benefícios. Para os obesos mórbidos, se estenderem a duração média de tempo gasto para fazer uma atividade moderadamente intensiva por pelo menos um minuto adicional a cada vez que o exercício é realizado reduz as chances de ter dor nas costas em 38%.

SALTO ALTO E A COLUNA DA MULHER

O uso do salto deve ser moderado. Em nome da vaidade, muitas mulheres não abrem mão do salto alto e acabam pagando um alto preço por isso. A postura exigida para “manter-se no salto” pode levar a problemas na coluna como a hérnia de disco. Isso porque o uso do salto exige mudanças posturais ao pisar. Os pés ficam em posição de flexão plantar (ponta do pé). Com a mudança do eixo de gravidade mais anteriorizado, a base de apoio diminui na região do calcanhar, centralizando toda sustentação do peso na região dos dedos dos dois pés.
O salto provoca mudanças na angulação do cérvix do fêmur, que tende a pressionar a cartilagem do acetábulo e, com o tempo, desgastá-la causando deformidades, descontrole postural e mudanças na marcha. Muitas mulheres acometidas pela doença têm dúvidas em relação ao melhor tipo de tratamento. Há dados que indicam que apenas 5% das hérnias precisam de cirurgia. O tema tem gerado grande polêmica, pois muitos profissionais da saúde têm indicado cirurgia na maioria dos casos. Embora, diversos estudos apontem o tratamento convencional com fisioterapia, medicamentos e exercícios, como um dos melhores para o tratamento da hérnia de disco.

CIRURGIA PARA HÉRNIA DE DISCO 

Segundo pesquisas, somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de cirurgia. A maioria é curada com terapias não agressivas. O que acontece, em geral, com as pessoas que sofrem com hérnia de disco é o encaminhamento para uma cirurgia corretiva. Como toda operação, esse procedimento implica riscos, como o de sofrer reações à anestesia ou ser vítima de infecções.
Um estudo publicado na Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos mostrou que esta deveria ser a última possibilidade a ser cogitada. O trabalho afirma que cerca de 90% dos indivíduos portadores de hérnia de disco podem se recuperar com o  uso de técnicas como fisioterapia, acupuntura, reeducação postural global (RPG) e analgésicos. Isso quer dizer que apenas 10% têm necessidade de fazer cirurgia. As pesquisas prévias sobre o tema foram amplamente revisadas, chegando, assim, a tal conclusão. No grupo de pessoas avaliadas, os que apresentavam recorrência da hérnia após a cirurgia eram, em sua maioria, jovens e pessoas que trabalhem com atividades que exijam esforço físico. O resultado vem ao encontro do que têm defendido especialistas no assunto.

A hérnia de disco está entre as queixas mais recorrentes quando o assunto é problema na coluna. Apenas no Brasil, são mais de cinco milhões de pessoas sofrendo com os traumas resultantes dessa complicação. A hérnia de disco nada mais é do que uma ruptura estrutural em um dos discos da coluna, ocorrendo com mais frequência na região lombar ou cervical. Além de provocar dor, ela geralmente inabilita a vítima de exercer suas funções normalmente.
Após passar por um diagnóstico médico, muitas pessoas são logo encaminhadas para a cirurgia, expondo seus organismos aos riscos inerentes a qualquer intervenção cirúrgica. Mas o que o grande público não sabe, e merece saber, é que a cirurgia não é a única solução para esse mal, e muitas vezes é a saída menos indicada. A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos afirma, com base em estudos, que cerca de 90% dos portadores de hérnia de disco podem melhorar através de práticas orientadas e regulares de técnicas como a acupuntura, a fisioterapia, o Rolfing e o RPG (Reeducação Postural Global).
“A cirurgia só deve ser uma opção quando não há resposta terapêutica a um tratamento de no mínimo oito semanas envolvendo fisioterapia, outras técnicas e medicamentos”, alerta o reumatologista paulista
Confira quais são as possibilidades de tratamento:
Fisioterapia: Tratamento recomendado principalmente para o relaxamento e a reeducação postural. Evita que problemas pequenos se tornem grandes.
Acupuntura: Indicado como complemento de outras terapias e apenas para problemas em estágio inicial. O tratamento à base das agulhas serve para aliviar dores e desbloquear terminais de energia espalhados pelo corpo.
Rolfing e RPG: Ambos são muito úteis no fortalecimento das vértebras, gerando flexibilidade e maior capacidade de movimentos.
Anti-inflamatórios: Quando a situação está realmente grave, os terminais nervosos, a musculatura, as articulações e os ligamentos ficam contraídos pela inflamação, causando mais dor que o suportável. Os anti-inflamatórios são bem úteis nesse caso.

Exercícios físicos:
 Fortalecer os músculos, em especial o grupo abdominal, é primeiro passo pra quem quer ficar longe dos problemas de coluna. É possível reforçar músculos e tendões que circundam as vértebras e impedir o avanço da doença.

> José Goldenberg.


domingo, 19 de março de 2017

MÚSCULOS QUE ATUAM NO TORNOZELO E PÉ NA REGIÃO ANTERIOR DA PERNA

MÚSCULOS QUE ATUAM NO TORNOZELO E PÉ NA REGIÃO ANTERIOR DA PERNA

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Tibial anterior

Côndilo lateral e 2/3 proximais da tíbia.
 Base do 1º Metatarso e face medial do cuneiforme medial
Nervo fibular profundo
Dorsiflexão do tornozelo e inversão do pé ( * adutor do antepé)
Extensor longo do hálux
1/3 médio da fíbula e membrana interróssea
Base da falange distal do hálux
Nervo fibular profundo
 Extensor do hálux Dorsiflexão do tornozelo e inversão do pé
Extensor longo dos dedos
3/4  proximal da fíbula, côndilo lateral da tíbia, membrana interróssea
Por 4 tendões, um para cada dedo do (2º ao 5º), na base das falanges medias e distais
Nervo fibular profundo
Extensão dos dedos e auxilia na eversão do pé e na dorsiflexão do tornozelo.
Fibular terceiro (ou anterior)
1/3 inferior da fíbula
Base do 4º ou 5º Metatársico
Nervo fibular profundo
Extensão dos dedos (4º e 5°) e auxilia na eversão do pé e na dorsiflexão do tornozelo.

MÚSCULOS QUE ATUAM NO TORNOZELO E PÉ NA REGIÃO LATERAL DA PERNA

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Fibular longo

Cabeça da fíbula e 2/3 proximais da fíbula
O tendão tem um trajeto medial na planta do pé antes de se inserir no cuneiforme medial e 1º metatársico
Nervo fibular superficial
Eversão (* pronador do pé) e auxiliar na flexão plantar
Fibular curto
2/3 distais da fíbula
Base do 5º metatársico
Nervo fibular superficial
Eversão (* abdutor do pé) e auxiliar na flexão plantar

MÚSCULOS QUE ATUAM NO TORNOZELO E PÉ - REGIÃO POSTERIOR DA PERNA

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Gastrocnêmio

Ventre lateral: côndilo lateral do fêmur
Ventre medial: logo acima do côndilo medial do fêmur
Lâmina membranácea que se funde com o tendão do m. sóleo e se fixa na tuberosidade do calcâneo.
Nervo tibial
Flexão do joelho se perna não estiver suportando peso,  flexão plantar do tornozelo e  auxiliar na inversão do pé
Sóleo
Parte proximal e posterior da fíbula, linha do sóleo
 No tendão calcanear junto com o gastrocnêmio  na tuberosidade do calcâneo.
Nervo tibial
Flexão plantar do tornozelo e  auxiliar na inversão do pé
Plantar
Face poplítea do fêmur acima do côndilo lateral
Tendão calcanear ou medialmente no calcâneo
Nervo tibial
Insignificante flexão plantar do tornozelo
Flexor longo dos dedos
1/3 médio da face posterior da tíbia
Por 4 tendões, cada um deles se fixando nas bases das falanges distais do 2º ao 5º dedos
Nervo tibial
Flexão das falanges distais do 2º ao 5º dedos e auxilia na flexão plantar do tornozelo
Flexor longo do hálux
2/3 inferiores, posteriormente, na fíbula
Base da falange distal do hálux
Nervo tibial
Flexão da falange distal do hálux e auxilia na flexão plantar do tornozelo
Tibial posterior
2/3 proximais da face posterior da tíbia e fíbula, membrana interróssea
Tuberosidade do navicular, todos os cuneiformes e bases do 2º, 3º e 4º metatársicos
Nervo tibial
Inversão (* supinador do antepé) e auxiliar na flexão plantar do tornozelo
Nota: O poplíteo é um músculo que pertence à camada profunda de músculos da face posterior dada perna contudo não possui ação no tornozelo ou no pé.
¨      Membrana interróssea – separa os músculos da perna em anteriores e posteriores
¨      Septos intermusculares anterior e posterior – prolongamentos da fáscia de revestimento muscular que originam um compartimento anterolateral e um  posterolateral  com isto forma-se um terceiro compartimento na perna, o lateral. (*) Há descrição ainda de um septo transverso que atravessa a panturrilha de um lado a outro, separando os músculos posteriores da perna em profundos e superficiais.
¨      Retináculos  - são amarras de fixação muscular, feitos de fáscias espessas de revestimento muscular.
1-   Extensor (superior e inferior) – localizados no tornozelo (superior) e dorso do pé (inferior) que evita o deslocamento medial dos extensores longos durante a dorsiflexão.
2-   Fibular (superior e inferior) – o superior mantém os tendões dos fibulares posteriormente ao maléolo lateral, indo do maléolo ao calcâneo e o inferior  mantem os tendões fibulares lateralmente ao calcâneo.

 

MÚSCULOS QUE ATUAM NO PÉ – INTRÍNSECOS DO DORSO DO PÉ

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Extensor curto dos dedos (alguns autores o  chamam de pédio, associado ao tendão do extensor curto do hálux)

Face superior do calcâneo e continua através de 4 tendões (entre eles o chamado extensor curto do halux)
Os outros 3 tendões (do 2º ao 4º dedo) fundem-se os respectivos tendões do extensor longo dos dedos
Nervo fibular profundo
Extensão das falanges proximais do 2º ao 4º dedos (pode fazer esta ação sem a dorsiflexão do tornozelo ≠ do longo)
Extensor curto do hálux
Face superior do calcâneo (tendão mais medial)
Base da falange proximal do hálux
Nervo fibular profundo
Extensão da falange proximal do hálux(pode fazer esta ação sem a dorsiflexão do tornozelo ≠ do longo)

MÚSCULOS QUE ATUAM NO PÉ – INTRÍNSECOS DA PLANTA DO PÉ

1ª CAMADA SUPERFICIAL

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Abdutor do 5º dedo

Tubérculos medial e lateral do calcâneo
Lateralmente na falange proximal do 5º dedo
Nervo plantar lateral, também ramo do tibial
Abdução do 5º dedo (principal músculo mantenedor do arco plantar longitudinal externo)
Flexor curto dos dedos
Tubérculo medial do calcâneo
Por 4 tendões nos lados das falanges médias do 2º ao 5º dedos
Nervo plantar medial
Flexão das interfalangicas proximais do 2º ao 5º dedos
Abdutor do hálux
Tubérculo medial do calcâneo
Medialmente, na base da falange proximal do hálux
Nervo plantar medial
Abdução do hálux (principal músculo mantenedor do arco plantar longitudinal interno)

Nota: A aponeurose plantar é uma fáscia muscular espessada e resistente que existe na planta do pé, semelhante a que existe na mão e que é muito importante para a manutenção dos arcos longitudinais plantares do pé.

MÚSCULOS QUE ATUAM NO PÉ – INTRÍNSECOS DA PLANTA DO PÉ  - 2ª CAMADA


MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Flexor longo dos dedos
1/3 médio da face posterior da tíbia
Por 4 tendões, cada um deles se fixando nas bases das falanges distais do 2º ao 5º dedos
Nervo tibial
Flexão das falanges distais do 2º ao 5º dedos e auxilia na flexão plantar do tornozelo
Flexor longo do hálux
2/3 inferiores, posteriormente, na fíbula
Base da falange distal do hálux
Nervo tibial
Flexão da falange distal do hálux e auxilia na flexão plantar do tornozelo
Quadrado plantar ou quadrado da planta
* Flexor acessório dos dedos
Por duas cabeças medial e lateralmente na face plantar do calcâneo
Tendão do flexor longo dos dedos
Nervo plantar lateral
Corrige parcialmente a tração medial do flexor longo dos dedos. Pode flexionar as falanges distais com o tornozelo em dorsiflexão ou em flexão plantar
Lumbricais (1º ao 4ºlumbricóides)
Lados adjacentes dos tendões do flexor longo do 3º ao 5º dedos (2º ao 4° lumbricóide) e lado medial do tendão do flexor para o 2º dedo (1º lumbricóide)
Medialmente na falange proximal do 2º ao 5º dedos
 Do 2º ao 4º Lumbricóide - Nervo plantar lateral
1º Lumbricóide - Nervo plantar medial
Auxiliam na flexão das articulações metarsofalangeans do 2º ao 5º dedos

MÚSCULOS QUE ATUAM NO PÉ – INTRÍNSECOS DA PLANTA DO PÉ  - 3ª CAMADA


MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Flexor curto do 5º dedo
Base do 5º metatársico e  ligamento plantar longo
Lateralmente na base da falange proximal do 5º dedo
Nervo plantar lateral
Flexão do 5º dedo
Flexor curto do hálux
Cubóide e nos dois cuneiformes laterais
Lateralmente na base da falange proximal do hálux junto ao abdutor e ao adutor do hálux
Nervo plantar medial
Flexão do hálux

Adutor do hálux

Porção transversa: cápsula articular das articulações metatarsofalângicas do 2º ao 5º dedos
Porção oblíqua: ligamento plantar longo
Porção transversa: no tendão do flexor longo do hálux
Porção oblíqua: junto ao flexor curto do halux
Nervo plantar lateral
Aduçao do halux
(principal músculo mantenedor do arco plantar transverso anterior)

MÚSCULOS QUE ATUAM NO PÉ – INTRÍNSECOS DA PLANTA DO PÉ  - 4ª CAMADA

MÚSCULO

ORIGEM

INSERÇÃO

INERVAÇAO

AÇÃO

Interrósseos Plantares

Medialmente na base do 3º ao 5º ossos metatársicos
Medialmente na base da falange proximal do 3º ao 5º dedos
Nervo plantar lateral
Aduçao dos dedos do pé
Interrósseos Dorsais
Diáfise dos ossos metatársicos adjacentes
Base da falange proximal do 2º ao 4º dedos
Nervo plantar lateral
Abdução dos dedos do pé

MOVIMENTOS E MUSCULATURA ATUANTE NO TORNOZELO E PÉ

MOVIMENTO
MUSCULATURA
Dorsiflexão do tornozelo
Tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor do hálux e fibular terceiro

Flexão plantar do tornozelo

Tríceps Sural, Tibial posterior, fibular longo e um auxiliar + fibular curto, flexor dos dedos e flexor do hálux
Inversão do pé
Tibial anterior e tibial posterior + flexor longo dos dedos, flexor do hálux, tríceps sural (via tendão de Aquiles ou calcanear), extensor longo do hálux
Eversão do pé
Fibular longo e fibular curto + fibular terceiro  e extensor longo dos dedos
Flexão dos dedos nas articulações metatarsofalângicas

Lumbricais, Interrósseos, flexor curto do halux e flexor curto do 5º dedo

Flexão dos dedos nas articulações interfalângicas

Flexor longo dos dedos, flexor curto dos dedos e flexor do hálux

Extensão dos dedos
Extensor longo dos dedos, extensor curto dos dedos e extensor longo do hálux
Abdução dos dedos
Abdutor do hálux, abdutor do 5º dedo e interrósseos dorsais
Adução dos dedos
Adutor do hálux e interrósseos plantares