INTRODUÇÃO
Essa técnica consiste numa
alternância entre o calor e o frio, onde os objetivos são vasomotores, isso é,
alterações circulatórias que o agente frio e o calor promovem nos tecidos.
Os vasos sanguíneos dilatam quando é aplicado
calor, e estreitam com a aplicação de frio. Esta mudança de calibre dos vasos
sanguíneos estimula a circulação.
Promove alternância entre
dilatação e constrição dos vasos sanguíneos por meio do uso intercalado de
modalidades de calor e frio, respectivamente.
É indicado para lesões
articulares, em que há formação evidente do edema. Por realizar uma espécie de
drenagem do edema, esta técnica é usada nas lesões das articulações distais do
corpo, como tornozelo e punho.
MODO DE APLICAÇÃO
É indicado para lesões
articulares, em que há formação evidente do edema. Por realizar uma espécie de
drenagem do edema, esta técnica é usada nas lesões das articulações distais do
corpo, como tornozelo e punho.
São usados dois
recipientes dentro dos quais os locais atingidos devem caber por inteiro; em um
deles coloca-se água quente, porém não insuportavelmente quente, e no outro,
água gelada.
Como aplicar o banho de contraste?
A terapia deve começar mergulhando-se o local atingido em água quente, por
um tempo de 3 ou 5 minutos (5 para casos mais graves). Em seguida e sem descanso, passa-se para a
água gelada, por 1 ou 3 minutos (3 para casos graves ). Em cada sessão, essa
técnica pode ser alternada 3 vezes, sendo que o tempo total da aplicação
da técnica do banho de contraste é de 20 à 30 minutos (20 para área menor/
edemas menores e 30 para áreas maiores/ edemas maiores).
A sessão pode ser
encerrada com o aquecimento ou com resfriamento. Essa terapia pode ser
realizada até 4 vezes ao dia.
Se
a técnica do banho de contraste for realizada associada a alguma outra técnica
de redução de edema é recomendado finalizar a sequência da aplicação com o calor,
por facilitar o retorno ao padrão fisiológico. Mas se banho de contraste for a
única técnica, ou a última técnica de um procedimento terapêutico a ser
utilizada é indicado finalizar com o resfriamento que pode vir associado a uma
técnica chamada de protocolo PRICE.
• P =(proteção);
• R =
(repouso);
• I =
(gelo/frio/recurso de resfriamento);
• C =
(compressão);
• E=
(elevação)
Utilização do protocolo de P.R.I.C.E
O protocolo
P.R.I.C.E ( protection, rest, ice, compression and elevation), tem
como objetivo recuperar o mais rápido possível uma lesão, minimizando
a formação edemas e aliviando a dor. Esse método é muito simples e
consiste basicamente em cinco passos, que qualquer pessoa tem condições de
seguir. Esses passos são:
Proteção: O indivíduo deve
proteger a área afetada para evitar um dano ainda maior. Recomenda-se o uso de
muletas, órteses e dispositivos de imobilização em geral.
Repouso: É importante para
que não haja esforço e sobrecarga sobre a lesão e não atrapalhe a recuperação,
além também de não expor o membro afetado a lesões secundárias,
permitindo assim um reestabelecimento mais eficiente da área lesada.
Gelo: A aplicação do gelo após a lesão
aguda é algo que não havendo consenso nos estudos científicos quanto a melhor
forma de ser aplicada e quanto a duração da aplicação. O objetivo é evitar a
progressão do edema, diminuir a dor local e os espasmos musculares. A aplicação
do gelo deve ser feita de 15 a 20 minutos, com intervalos de 2 horas. O gelo
deve estar envolvido envolvido em um pano ou plástico. Caso seja aplicado
diretamente sobre a pele pode causar queimaduras devido a baixa temperatura.
Compressão: A compressão é
muito útil pois auxilia na drenagem do edema. Quando uma região é comprimida,
os espaços disponíveis para o edema são reduzidos e, consequentemente, o
inchaço também. Essa compressão pode ser feita por meio
de bandagens, é necessário certificar-se de que não esteja muito
apertado, caso esteja, devemos remover a bandagem e recolocar novamente, porem
um pouco mais frouxa.
Elevação: Elevar o membro
ajuda no retorno venoso, com consequente diminuição do edema. Essa drenagem
ocorre de maneira mais eficaz caso o segmento em questão esteja acima do nível
do coração.
É recomendado que o método P.R.I.C.E seja utilizado logo após a lesão,
quanto mais cedo for feito a aplicação dos procedimentos acima melhores serão
os resultados.
Essa
técnica se soma muito bem as técnicas que usamos para redução de edema porque
ela mantém o resfriamento, que precisa ser mantido por período de 15 a 30
minutos para gerar benefícios.
O
frio é aplicado com intuito de manter a redução que se obteve através do banho
de contraste favorecendo a vasoconstrição, redução da permeabilidade da
membrana, diminuição de fluxo sanguíneo, permitindo que o metabolismo
permaneça baixo. Esses fatores irão auxiliar para que o controle da intensidade
desse edema se mantenha.
A
proteção está relacionada ao posicionamento da região que receberá a aplicação
do protocolo. A área lesionada deve ser protegida, sendo posicionada de forma a
não colocar a estrutura lesionada em stress.
O
paciente deve ficar em repouso no momento da aplicação do recurso e receber
orientações domiciliares para evitar descarga de peso, uso contínuo
principalmente no dia em que foi aplicado o protocolo, evitando atividades ou
cargas desnecessárias na estrutura que está em processo de recuperação por
ainda apresentar o edema. Comportando-se assim de maneira a auxiliar na
manutenção da redução desse edema.
A
compressão e elevação são técnicas adicionais para auxiliar na contenção do edema
e na manutenção da redução do edema. A elevação utiliza da gravidade e a
compressão utiliza de uma pressão externa para não deixar o volume da região
aumentar.
Ao
fim do protocolo PRICE pode ser realizado um enfaixamento visando a uma suave
compressão local, mantendo a redução que foi adquirida com a sessão de
aplicação do banho de contraste.
AGENTES TÉRMICOS E SUAS PRECAUÇÕES
Efeitos
- Contração
e dilatação alternada dos vasos sanguíneos (exercício vascular).
- Acentuado
aumento da circulação do sangue local e reflexo (efeito derivativo)
- Aumento
do metabolismo local (apressa a cura).
Indicações
1. Circulação venosa
insuficiente, ulceras indolentes. (Tromboangeíte OBLITERANTE)
2. Infecções (duas
a três vezes por dia) linfagite.
3. Torceduras, distensões
e traumatismos (depois de 48 horas).
4. Fraturas e outras
condições ortopédicas.
5. Artrite reumatóide
6. Edema (inchaço)
endurecido
7. Dores de
cabeça, fazer a derivação com imersão dos pés e das pernas
Equipamento
- Dois
recipientes (baldes ou outros)
- Termómetro
(se tiver)
- Compressa
fria (bolsa de gelo se necessário)
- Desinfectante
(Permanganato de potássio diluído) se necessário.
- Contra
indicações: tumores malignos ou onde houver tendência para hemorragia,
doenças dos vasos periféricos.
Considerações importantes
1. Caso seja tratada
grande parte do corpo, usar uma compressa fria no pescoço e na cabeça e bolsa
de gelo no coração, (se a pulsação for de 80 ou mais por minuto.)
2. A temperatura da
água quente não deve estar acima dos 43ºc
3. Começar a imersão
quente com a temperatura dentro do limite mais baixo (38º a 40ºc) e vá
aumentando a temperatura durante a aplicação até atingir os limites máximos.
4. Convém usar um
desinfectante para feridas expostas.
TÉCNICA
- Fazer
a emersão em água quente (40a43ºc) durante 3a 4 minutos
- Água
fria da torneira ou gelada, durante 30 segundos a 1 minuto.
- Enquanto
a parte a tratar estiver na água fria, vá aumentado a temperatura da água
quente para manter a temperatura inicial.
- Verificar
o pulso a cada 5 minutos e se necessário, aplicar compressa fria no
pescoço e bolsa de gelo no coração.
- Fazer
6 a 8 aplicações alternadas (20 A 30 minutos) e terminar com água fria.
(na artrite reumatóide terminar com água quente)
Conclusão do tratamento
- Prestar
os cuidados necessários ao doente.
- Registar
o tratamento, a temperatura, o tempo, a reação, e fazer a limpeza do
equipamento.
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